Estudo aponta taxa de suicídios entre profissionais da enfermagem
Levantamento da Secretaria da Saúde do Paraná aponta que enfermeiros, técnicos de enfermagem e técnicos estão entre os profissionais que mais cometem suicídio, em decorrência de questões laborais. De acordo com os dados, entre 2008 e 2017, 48 profissionais tiraram a própria vida naquele estado. Os casos foram registrados em 26 municípios localizados na área de abrangência de 14 regionais de saúde do Paraná.
O estudo indica que a enfermagem está no rol de profissões com maior vulnerabilidade para o comportamento suicida. A profissão tem alto nível de exaustão emocional, depressão, sobrecarga de trabalho e baixa realização pessoal. O trabalho revela ainda que o risco aumenta em ambientes insalubres, presença de conflitos internos e exigências da empresa e familiares dos pacientes. Conforme dados coletados, a maioria das mortes foi de mulheres com idade entre 40 e 49 anos.
Entre os fatores de risco para o suicídio, os autores apontam as questões laborais e a enfermagem aparece no rol de profissões com maior vulnerabilidade para o comportamento suicida. Às características da profissão, somam-se a depressão, o alto nível de exaustão emocional, a sobrecarga de trabalho e a baixa realização pessoal. O risco aumenta em ambientes insalubres, com condições precárias, presença de conflitos internos e exigências da instituição e familiares dos pacientes. Os dados coletados mostram que a maioria das mortes foi de mulheres na faixa etária entre 40 e 49 anos, ou seja, pessoas que já estão há muito tempo na profissão.
O estudo foi realizado por técnicos da secretaria da Saúde do estado do Paraná e apresentado durante a 5ª Mostra de Pesquisa em Saúde e reconhecido com o terceiro lugar no eixo Epidemiologia e Vigilância em Saúde.
Fonte: Folha de Londrina