Obstáculos judiciais não desanimam trabalhadores em greve
Os trabalhadores do Hospital Saúde de Caxias do Sul chegam ao 3º dia de greve diante de dois obstáculos: o interdito proibitório, concedido pela Justiça do Trabalho, e uma liminar que determina o aumento do número de trabalhadores nos setores essenciais do hospital. O interdito proibitório determina que os funcionários façam suas manifestações a uma distância de 50 metros da empresa, enquanto a liminar diz que a UTI deve funcionar com 100% dos empregados e o bloco cirúrgico com 60% dos profissionais. O departamento jurídico do Sindisaúde recorreu da decisão buscando derrubar a liminar. A expectativa é de que o recurso seja julgado nesta quinta feira.
Negociações
A reunião entre representantes do hospital e trabalhadores, que estava prevista para tarde desta quarta-feira, foi suspensa. Os representantes do sindicato patronal alegaram que havia outro encontro prevista para às 16h30min., mesmo horário marcado com os trabalhadores. Com isso, os funcionários decidiram manter a paralisação e esperam que as negociações evoluam. Nesta quarta-feira (08/08) a categoria fez duas ações de protesto com o bloqueio do trânsito em frente ao hospital das 11h30min., e das 17h30min., às 18h30min. “A ideia é chamar a atenção da população para a intransigência da administração do Hospital Saúde”, disse o presidente do Sindisaúde, Danilo Teixeira. O dirigente lembra que a categoria está tentando negociar o dissídio coletivo desde janeiro e até agora não houve avanço nas negociações. Os trabalhadores reivindicam 12% de reajuste, piso salarial de R$ 1.500 e gratificação de R$ 180.